top of page
Buscar
Foto do escritorLabdoEstresse

POR QUE DEVO SABER SOBRE O COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO?

Os atuais espaços e as atividades de vida diária estão sendo cada vez mais projetadas para a mínima realização de atividades físicas. Estamos nos movendo menos e nos sentando por mais tempo dentro de nossa rotina diária, como por exemplo, durante nossos deslocamentos (de carro, ônibus ou metrô...), o que aumenta a probabilidade do aparecimento de doenças, principalmente as cardiovasculares.

É nesse contexto e em prol de nossa saúde que precisamos conhecer mais sobre o denominado Comportamento Sedentário.


O que é Comportamento Sedentário?

O Comportamento Sedentário equivale a comportamentos em vigília com baixo gasto energético durante as posições sentada, reclinada ou deitada. Como por exemplo, quando estamos sentados trabalhando, assistindo televisão ou lendo.


Qual é o impacto do Comportamento Sedentário em minha saúde?

Alguns estudos constataram que permanecer por muito tempo em comportamentos sedentários pode provocar efeitos deletérios à saúde, independentemente da prática de atividade física moderada a vigorosa.

Essa condição vem sendo associada a um maior risco de mortalidade, doenças cardiovasculares, obesidade, síndrome metabólica e diabetes mellitus.


Prejuízos cardiovasculares

O comportamento sedentário impacta diretamente em diversos aspectos da saúde, com destaque para sua associação direta com a presença de doenças cardiovasculares. A permanência do indivíduo por 2 horas/dia de tempo de tela ou tempo sentado podem estar associados a um aumento de 5% e 17% na probabilidade de apresentar doenças cardiovasculares no futuro. Além disso o comportamento sedentário também está associado com o desenvolvimento de fatores de risco cardiovasculares como pressão arterial, altos níveis de colesterol, diabetes tipo 2, sobrepeso e obesidade.


Importância da quebra de Comportamento Sedentário

Esse contexto, demonstra a necessidade de abordagens que tem por objetivo diminuir o Comportamento Sedentário. A literatura descreve duas medidas principais para a redução do comportamento sedentário: intervenção comportamental + atividade física.

As intervenções comportamentais visam reduzir ou interromper períodos prolongados de comportamento sedentário com ferramentas como:

  • Automonitoramento: o indivíduo pode registrar os momentos em que fica sentado por longos períodos e, dessa forma, conseguir estabelecer metas para limitar seu próprio tempo de tela ou sentado;

  • Reforços positivos: recompensas para reduzir o tempo sedentário;

  • Identificar atividades agradáveis: exemplo - levantar e dançar uma música.

As intervenções relacionadas à prática de atividade física serão usadas para quebrar o tempo sedentário prolongado e podem acontecer nas intensidades leve, moderada e vigorosa. O ideal é movimentar-se após 30 minutos de tempo de tela ou sentado ininterruptos. No cenário ideal, estamos falando de não ultrapassar 2 horas por dia sentados, o que parece impossível diante das exigências atuais.

Algumas medidas simples podem ajudar como: ficar em pé ao falar no telefone, ver TV enquanto se alonga, posicionar o computador em um local de altura apropriada e trabalhar um pouco em pé. Tudo que amenizar nosso tempo sentado pode auxiliar na diminuição do comportamento sedentário e nas suas consequências futuras.

 

REFERÊNCIAS


1. Owen N, Sparling PB, Healy GN, Dunstan DW, Matthews CE. Sedentary behavior: emerging evidence for a new health risk. Mayo Clin Proc. 2010;85(12):1138-41. DOI https://doi.org/10.4065/mcp.2010.0444.

2. Owen N, Healy GN, Matthews CE, Dunstan DW. Too much sitting: the population health science of sedentary behavior. Exerc Sport Sci Rev. 2010;38(3):105-13. DOI https://doi.org/10.1097/JES.0b013e3181e373a2.

3. de Rezende LF, Rodrigues Lopes M, Rey-López JP, Matsudo VK, Luiz Odo C. Sedentary behavior and health outcomes: an overview of systematic reviews. PLoS One. 2014;9(8):e105620. DOI https://doi.org/10.1371/journal.pone.0105620.

4. Meneguci J, Santos DAT, Silva RB, Santos RG, Sasaki JE, Tribess S et al. Comportamento sedentário: conceito, implicações fisiológicas e os procedimentos de avaliação. Motricidade. 2015;11(1):160-74. DOI https://doi.org/10.6063/motricidade.3178.

5. Katzmarzyk PT, Church TS, Craig CL, Bouchard C. Sitting time and mortality from all causes, cardiovascular disease, and cancer. Med Sci Sports Exerc. 2009;41(5):998-1005. DOI https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e3181930355.

6. Hamilton MT, Hamilton DG, Zderic TW. Role of low energy expenditure and sitting in obesity, metabolic syndrome, type 2 diabetes, and cardiovascular disease. Diabetes. 2007 Nov;56(11):2655-67. DOI https://doi.org/10.2337/db07-0882.

7. Owen N, Sugiyama T, Eakin EE, Gardiner PA, Tremblay MS, Sallis JF. Adults' sedentary behavior determinants and interventions. Am J Prev Med. 2011;41(2):189-96. DOI https://doi.org/10.1016/j.amepre.2011.05.013.

8. Hannan M, Kringle E, Hwang CL, Laddu D. Behavioral medicine for sedentary behavior, daily physical activity, and exercise to prevent cardiovascular disease: a review. Curr Atheroscler Rep. 2021;23(9):48. DOI https://doi.org/10.1007/s11883-021-00948-x.

 

34 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page