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Obesidade como fator de Risco Cardiovascular

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define obesidade como o acúmulo excessivo de gordura corporal1. Essa condição causa diversos prejuízo a saúde e, atualmente, é considerada um dos principais problema de saúde pública. No Brasil, a proporção de indivíduos obesos aumentou em 72% entre 2006 e 2019, passando de 11,8% para 20,3%. Estima-se que em 2025, haverá 700 milhões de indivíduos obesos no mundo e cerca de 2,3 bilhões com sobrepeso. [1]

Em função de sua praticidade e baixo custo, o índice de massa corporal (IMC = Peso/Altura2) é a forma mais utilizada para determinação e classificação da obesidade. De acordo com a Classificação Internacional da Obesidade (Tabela 1), o indivíduo é considerado obeso quando apresenta IMC superior à 30 Kg/m2. [2]


Tabela 1 - Classificação Internacional da Obesidade segundo o Índice de Massa Corporal (IMC) e Risco de Doenças (Organização Mundial de Saúde).


A relação entre a circunferência da cintura e circunferência do quadril (RCQ), o índice de conicidade (IC: Circunferência Cintura / 0,109 * √Peso Corporal / Estatura) e a bioimpedância, também são métodos que permitem a avaliação da obesidade. [2]

A obesidade é considerada um fator de risco para as doenças cardiovasculares, pois promove diversas alterações nas estruturas e funções do sistema cardiovascular, dentre elas: aumentos da pressão arterial e da frequência cardíaca, hipertrofia do músculo cardíaco, resistência à insulina e diminuição da variabilidade da frequência cardíaca, que favorecem o desenvolvimento e agravamento dessas doenças. [3]

Como pode ser observado na figura 1 a obesidade está relacionada não somente a doenças cardiovasculares, mas também a diversas outras doenças que prejudicam de forma importante a qualidade de vida.


Figura 1. Obesidade e doenças cardiovasculares, metabólicas e ortopédicas.

Fonte: Clínica Baros.

Link: http://clinicabaros.com.br/obesidade-e-suas-doencas-relacionadas/


A alta prevalência de obesidade e as suas consequências, torna importante a realização de tratamentos eficazes e programas preventivos. [4] Mudanças do estilo de vida, principalmente a prática de exercícios físicos associada a uma alimentação adequada, são fundamentais para o controle da obesidade, pois promovem um aumento do gasto energético e uma diminuição da ingestão calórica, consequentemente diminuindo a gordura corporal. [5] Estudos demostram, que a realização de exercícios intervalados de alta intensidade (HIIT), ajudam de forma eficaz na redução da obesidade. [6]

A utilização de medicamentos deve ser sempre acompanhada pelo médico e não deve ser utilizada como única forma de tratamento, pois contribui apenas de forma temporária para a redução de peso. Esses medicamentos podem provocar reações adversas, como: nervosismo, insônia, aumento da pressão sanguínea, batimentos cardíacos acelerados, boca seca e intestino preso. [2]

Programa educativos também são importantes, pois conscientizam sobre a importância da mudança do estilo de vida e os riscos à saúde, ajudam na melhora da autoestima e no controle da ansiedade e depressão e melhoram a qualidade de vida desses indivíduos. [2]

Podemos observar na figura 2 a ilustração de vetores que demonstram alguns dos hábitos de vida que devem ser adotados por pacientes em estado de obesidade e por todos aqueles que buscam uma melhor qualidade de vida e também a prevenção para diversas doenças.


Figura 2. Ilustração de hábitos de vida que combatem a obesidade.

 

Referência:

1. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica. Mapa da Obesidade [homepage na internet]. Abeso.org.br, 2019.

2. ABESO - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E DA SÍNDROME METABÓLICA. Diretrizes brasileiras de obesidade: 2016. São Paulo, 2016. Disponível em: <Disponível em: https://abeso.org.br/diretrizes/>. Acesso em: 12 dez. 2021.

3. Koliaki C, Liatis S, Kokkinos A. Obesity and cardiovascular disease: revisiting an old relationship. Metabolism. 2019; 92:98-107.

4. Lerman JB, Parness IA, Shenoy RU. Body weights in adults with congenital heart disease and the obesity frequency. Am J Cardiol. 2017; 119(4):638-642.

5. Voulgari C, Pagoni S, Vinik A, Poirier P. Exercise improves cardiac autonomic function in obesity and diabetes. Metabolism. 2013; 62(5):609-21.

6. Plavsic L, Knezevic OM, Sovtic A, Minic P, Vukovic R, Mazibrada I et al. Effects of high-intensity interval training and nutrition advice on cardiometabolic markers and aerobic fitness in adolescent girls with obesity. Appl Physiol Nutr Metab. 2020; 45(3):294-300.

 

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