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Angina: um sinal de alerta, seu coração está sob estresse!


Angina de peito (angina pectoris) é definida como uma dor ou desconforto na região torácica e/ou em áreas próximas (subesternal, braços, pescoço, mandíbula, dedos, região epigástrica e região intraescapular), que na grande maioria das vezes ocorre quando o coração não recebe a quantidade de sangue e, consequentemente, de oxigênio que necessita.

Em geral, isso ocorre devido à obstrução das artérias coronárias que fornecem sangue ao coração. Se ocorrer obstrução de uma ou mais artérias coronárias, não haverá adequado fluxo de sangue, provocando dor ou desconforto. A dor ou desconforto se manifesta em forma de aperto, sufocamento, queimação, ardência, pressão e sensação de peso nas regiões citadas anteriormente.

Por isso, a angina é muitas vezes confundida com outras condições, sendo assim, deve-se prestar atenção a outros sintomas que podem vir acompanhados à angina, como: dispneia, sudorese, fadiga/fraqueza entre outros.


Como a angina pode ser classificada?

Existem três tipos de angina: Estável, Instável e Silenciosa.

A angina estável pode ocorrer durante condições que aumentam o trabalho do coração como, por exemplo, exercício físico, estresse ou após refeições pesadas. É possível prever quando a angina estável ocorre. Na maioria das vezes, os sintomas duram cinco minutos (ou menos) e são aliviados com repouso ou com o uso de medicamento que dilatam a artéria e aumenta o fluxo de sangue.

Já a angina instável pode ocorrer a qualquer momento, até mesmo em repouso ou dormindo. Não é possível prever quando a angina instável ocorre e seus sintomas podem durar até 30 minutos.

Angina silenciosa (ou isquemia silenciosa) ocorre quando o coração não recebe sangue e oxigênio suficientes, mas o indivíduo não sente sintoma algum. Seu diagnóstico geralmente é feito somente por meio do eletrocardiograma. A angina silenciosa é mais provável de ocorrer em indivíduos diabéticos ou quando exercício físico é realizado sem um aquecimento prévio.


Como é feito o diagnóstico?

Todas as dores ou desconfortos no peito e regiões adjacentes devem ser avaliadas por um médico, preferencialmente um cardiologista. O diagnóstico da angina é feito com base em uma anamnese detalhada associada a exames complementares como, por exemplo, o eletrocardiograma de repouso ou exercício (teste de esforço) ou pela cintilografia do miocárdio, os quais são importantes para confirmação do diagnóstico e avaliações dos danos ao músculo cardíaco.

É muito importante diagnosticar o tipo de angina, pois isso norteia o tratamento. Por exemplo, se a angina for considerada instável, pode ser necessário tratamento de emergência para prevenir a ocorrência de um infarto.


Como é o tratamento?

O tratamento da angina tem por objetivos reduzir a dor ou desconforto e a frequência com que isso ocorre, bem como prevenir e diminuir o risco de ataque cardíaco e morbimortalidade.

Este pode incluir: cirurgia de revascularização miocárdica para pacientes com indícios clínicos e/ou anatômicos de risco muito elevado; medicamentos como a administração de bloqueadores dos canais de cálcio, nitratos de longa ação, betabloqueadores e agentes antiplaquetários; e métodos não farmacológicos como mudanças de estilo de vida e a participação em programas de reabilitação cardíaca.


Como podemos prevenir a angina?

Um estilo de vida saudável é a melhor forma de manter um coração saudável e evitar a angina. Para isso, são necessárias algumas mudanças nos hábitos de vida, como: redução de peso, prática regular de exercício físico, dieta balanceada, redução do estresse e cessação do tabagismo.

Durante exercício físico ocorre um aumento do trabalho do coração e indivíduos com artérias parcialmente ocluídas, podem apresentar angina. Para evitar a sua ocorrência durante exercício é importante que o indivíduo tome regularmente seus medicamentos cardíacos conforme prescrição médica, realize um aquecimento de 5–10 minutos antes dos exercícios físicos e siga sua prescrição de exercícios adequadamente.


ATENÇÃO!

Em situações de angina durante o exercício, comunique imediatamente à equipe de reabilitação cardíaca ou à uma pessoa próxima e reduza a carga de exercício. Se com esses procedimentos os sintomas não melhorarem, interrompa a atividade e permaneça em repouso e/ou faça a administração dos medicamentos prescritos pelo seu médico para redução da angina. Se essas ações não forem efetivas ou se você estiver tendo uma angina do tipo instável, ligue para a emergência (192) ou para o departamento de emergência mais próximo e peça ajuda. Se você estiver tendo um ataque cardíaco (infarto), é fundamental conseguir rapidamente assistência médica para tentar reduzir os danos ao seu coração.

 

REFERÊNCIAS:


  1. Ambrosio G, Mugelli A, Lopez-Sendón J, Tamargo J, Camm J. Management of stable angina: A commentary on the European Society of Cardiology guidelines. European Journal of Preventive Cardiology. 2016;23(13):1401-12. Doi:10.1177/2047487316648475.

  2. LotufoI,II PA, Malta DC, Szwarcwald CL, Stopa SR, Vieira ML et al. Prevalência de angina do peito pelo questionário de Rose na população brasileira: -Análise da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Revista Brasileira de Epidemiologia 2015:18(Suppl 2):123-31. DOI: 10.1590/1980-5497201500060011.

  3. Russell M, Williams M, May E, Stewart S. The conundrum of detecting stable angina pectoris in the community setting. Nature Reviews Cardiology 2009;7(2):106-13. Doi:10.1038/nrcardio.2009.226.

  4. Mansur AP, Armaganijan D, Amino JG, Sousa AC, Simão AF, Brito Augusto X et al. Diretrizes de doença coronariana crônica angina estável. Arq. Bras. Cardiol. 2004;83(2):2-43. Doi: 10.1590/S0066-782X2004002100001.

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